segunda-feira, 5 de novembro de 2012

2012 e o medo do Fim



2012 e o medo do Fim




O tema fim do mundo reapareceu, voltando a chamar para a si a atenção de todo o mundo, mas como é de seu costume, não deu as caras desacompanhado, trouxe consigo seu fiel companheiro: a sensação apavorante de que somos meros reféns das contingêncialidades desse misterioso universo do qual fazemos parte.
Não por acaso o ano de 2012 se tornou o centro das atenções no que se refere ao assunto fim do mundo. Uma serie de fatores contribuíram conjuntamente para que um número expressivo de pessoas passassem a dar credito a idéia de que o mundo, tal como o conhecemos possui data de validade: 21 de Dezembro de 2012.
Segundo os apocalípticos da Nova Era o ano de 2012 será marcado por uma serie de fenômenos catastróficos como a colisão entre o planeta Terra e o misterioso planeta Nibiru, em razão do qual a terra será completamente destruída. A esses se somam àqueles que, pela via da ciência ou da religião propagam a terrível mensagem de que a Terra sofrerá uma reversão em seu campo magnético, um aquecimento excessivo em razão de terríveis tempestades solares, enchentes, terremotos e o deslocamento planetário, o qual empurrará a Terra para o centro da Via Láctea, tornando completamente inviável a sobrevivência humana em nosso planeta.
Entre todos os povos e culturas que apontaram o Fim do Mundo para o ano de 2012, nenhum é tão famoso e emblemático quanto os Maias, civilização Pré-Colombiana que habitou a America Central num território que atualmente compreende a Guatemala, Honduras e sul do México, cuja origem data dum período entre 700 e 500 anos a.C, (Alguns admitem que esse povo tenha surgido em 1500 a.C) desaparecendo misteriosamente há 300 anos.
  Com um conhecimento avançado em astronomia e matemática, muito atípico para sua época, os Maias chegaram a calcular com impressionante precisão os movimentos dos planetas por eles observados. O que lhes permitiu não apenas prever fenômenos astronômicos como eclipses, mas também criarem um conjunto de calendários que se completavam entre si, à semelhança de nosso atual calendário composto por dias, semanas, meses e anos.
O calendário solar Maia é assustadoramente “exato”, composto por 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 45 segundos, só difere do nosso atual calendário em apenas oito décimo de segundo, um fato impressionante, tratando-se de um povo antigo que não podia contar com nossas atuais tecnologias em seus sistemas de estudo. 
 Para os Maias o tempo se resumia em ocorrências de ciclos repetitivos, isto é, o hoje de certa forma constitui-se em uma reprise de uma data equivalente do passado, de sorte que, com base no passado acreditavam poder prever o futuro. Apoiados nessa crença, os pais levavam seus filhos recém nascidos aos guardiões dos dias, (sacerdotes) que em função da data de seus nascimentos adivinhavam suas futuras personalidades, habilidades, virtudes e defeitos. 
Para eles o maior objetivo de seus calendários seria o de identificar datas, tanto do passado quanto do futuro, afim de que tivessem subsídios à suas adivinhações.
Muito das polemicas relacionadas ao fim do mundo se encontram alicerçadas sob um fantástico calendário Maia que está para se encerrar. Os Maias se utilizavam de um calendário chamado de Calendário de Longa Contagem cujo inicio data de 11 de Agosto de 3.114 antes de Cristo organizado em 13 ciclos de 400 anos, somando então 5.125 anos. Segundo especialistas, estamos já no ultimo ciclo que será encerrado no dia 21 de Dezembro de 2012, curiosamente essa é a data prevista por muitos estudiosos na qual o sol se alinhará com os planetas de seu sistema. Para muitos esse fenômeno, que só ocorre a cada 26 mil anos, será precedido por mudanças na rotação do Planeta, tsunamis, terremotos e varias catástrofes naturais.
O tema tem inquietado muita gente ao redor do mundo, ainda mais agora que tivemos a oportunidade de presenciar através da mídia que nos últimos meses a natureza vem dando sinais assustadores, revolvendo-se em fenômenos estarrecedores em varias partes do Planeta: Furacão Sandy e calor excessivo (Estados Unidos), Seca no Nordeste do Brasil (a maior dos últimos anos), terremotos e maremotos na Ásia e Frio excessivo no Leste da Europa (chagando a matar 650 pessoas).
Segundo a Organização Miviludes, (Missão Interministerial de Luta contra Seitas) já foram catalogadas mais de 2,5 milhões de sites na internet que anunciam o fim do mundo para o final de 2012. O pânico é tal que segundo uma pesquisa realizada pela Ipsos Global Public Affairs, 15% da população mundial acredita que o fim do mundo ocorrerá durante algum momento de suas vidas. Dessas, aproximadamente 700 milhões de pessoas acreditam que o calendário Maia pode significar o fim do mundo em 2012.
O fim do mundo e o capitalismo
Diante disso tudo, milhares de pessoas em varias partes do Mundo estão se preparando para o caos que segundo eles irá devastar a raça humana em 21 de Dezembro de 2012. Alguns estão construindo ou já construíram abrigos (supostamente Anti-finalista), capazes de lhes garantir abrigo e proteção enquanto todo o resto da humanidade estará em plena destruição.
O comercio de produtos “Anti-apocalipicos” como bunkers (abrigos superprotegidos) que chegam a custar até 20 milhões de dólares, pastilhas de purificação de água, mascaras de gás, roupas a prova de substâncias tóxicas, lanternas, comidas enlatadas e potes de magnésio (para acender fogo) tem crescido muito nos últimos tempos, em reflexo ao grau de desespero que assola milhões de pessoas ao redor do mundo.
Enquanto muitos se aterrorizam ante a idéia de um fim trágico outros depreciam todas essas especulações ao atribuir todo esse frenesi à manipulação midiática em favor do capitalismo.
 Hollywood é um exemplo tópico do supracitado, já que ele faturou um tsunami de dólares (aproximadamente 769 milhões) só com a venda do filme 2012, lançado no dia 13 de novembro de 2009, o qual conta a saga de alguns desesperados na tentativa de sobreviverem ao caos do fim do mundo. 
Outros filmes já foram produzidos com a mesma temática, bem como vários livros e documentários os quais, em ultima analise só contribuíram para alimentar o pânico e o desespero dos que acreditam que 2012 é ano do fim.
Segundo especialistas, a mídia produz o que gera dinheiro, temas apocalípticos geralmente vendem muito e para apimentá-lo, tornando-o mais interessante ainda, a indústria midiática tende a distorcer os fatos a seu favor. Foi assim com o filme 2012, foi assim com tantos outros filmes à semelhança deste e será sempre assim.   
O fim do Mundo e seus expoentes
Previsões apocalípticas seladas com datas especificas sempre existiram, sendo uma constante na historia da humanidade. Cada uma com suas particularidades e personagens, mas todas com algo em comum: falharam 100% das vezes. Veja a seguir uma lista com algumas das principais previsões apocalípticas e os resultados que lhes seguiram.


O fim do mundo na Cauda do Cometa >>1910

O ano de 1910 foi marcado por intenso pânico, tudo por conta de uma “terrível descoberta” de alguns astrônomos norte-americanos do observatório astronômico de Chicago, os quais desvendaram que a cauda do cometa Halley, que passaria próximo a Terra naquele mesmo ano,  era composto por um gás altamente venenoso chamado de cianogênio, em razão do qual toda a Terra seria intoxicada, levando a efeito a morte da humanidade. 

O Dilúvio Inglês >>1533

Cientistas previram o fim do Mundo para a data de 1º de Fevereiro de 1533 quando, segundo eles, uma grande tempestade inundaria o mundo em um novo dilúvio que seria iniciado na capital inglesa, Londres. O que aconteceu? Bem, contrariando todo o pânico criado em torno dessa previsão, no dia marcado nem chuviscou em Londres.


O Apocalipse Adventista >>1843-1844

Cometer erros a respeito do fim do Mundo não é um “privilegio” apenas de alguns cientistas, religiosos também deixaram seu legado de engano ao tentarem prever o dia da vingança do Senhor. Foi esse o caso de William Miller que previu o dia do apocalipse para a data de 3 de Abril de 1843. Errou, e diante do erro cometido arriscou mais uma data, agora seria 7 de Julho do mesmo ano. Como não aconteceu o previsto, suas ultimas cartadas ficaram agendadas para os dias para 21 Março ou 22 de Outubro de 1844. Resultado: errou todas as previsões, seu grupo de seguidores foi desintegrado e os que ficaram fundaram a Igreja Adventista do 7º dia, a qual existe até hoje.

Os Fracassos das Testemunhas de Jeová >> 1914, 1974, 1975

Os fieis da seita Testemunhas de Jeová também tropeçaram nesse lapso, posto que, tenham insistido por três vezes datarem o dia do apocalipse 1914, 1974 e 1975. Como se pode perceber mentiram em todas elas.

O retorno de Cristo segundo os Mórmons >>1891

Joseph Smith, líder fundador da seita Mórmons nos Estados Unidos assegurou a seus fieis em 1835 que Deus havia lhe revelado a volta de Cristo para 56 anos depois daquela data, por tanto para ano de 1891. Alguém percebeu que o mundo não acabou?
  
Nostradamus e o rei do terror >> 1999-2000

Durante 400 anos os escritos do misterioso Nostradamus despertaram muita duvida naqueles que se propuseram a interpretá-los. Entre seus escritos encontra-se a seguinte frase: “No ano 1999, sétimo mês / Do céu virá o grande rei do terror”. Muitos interpretaram essa passagem como uma contundente revelação de que o mundo não chegaria ao ano 2000. Essa predição ganhou mais crédito diante das revelações de cientistas que afirmavam que os computadores da época poderiam entrar em pane por não conseguirem interpretar a diferença entre os anos de 1999 e 2000, o que poderia provocar um apagão em varias partes do Mundo e até mesmo um desastre nuclear, já que os computadores eram os responsáveis por gerenciar grande parte da mecânica mundial. 
Resultado: muitos esperaram o fim da humanidade na virada do milênio, muitos se desesperam, mas o fato é que tudo não passou de mais um equivoco.
Vários anos se passam desde então, doze para ser mais preciso e aqui estamos nós, novamente esperando o fim. Será que a frase: Paciência tem limite. Não se aplicaria a essas previsões?
2012, ano do fim? Não, é só mais um capitulo desse velho equivoco.
De acordo com muitos especialistas no assunto Maia, os calendários desse povo não dizem nada a respeito do
fim do Mundo.
Lideres, descendentes dos Maias se reuniram em Los Angeles, Estados Unidos no propósito de esclarecem, segundo eles, as confusões que se criaram em torno do calendário de seus antepassados. Para eles o fim desse calendário representa apenas uma mudança de ciclos iniciados há 5.125 anos, sendo tudo o mais, pura confusão criada pela mídia e por aqueles que se quer conhecem o assunto e a visão do Mundo segundo os antigos Maias, disse Manuel Xicum, sacerdote da cultura Maia.
Cientistas, os mais renomados, por seu turno (Inclusive a Nasa) rebatem toda essa idéia relacionada ao fim do Mundo em 2012 ao afirmarem que o assustador planeta Nibiru, que estaria se dirigindo contra a Terra, sequer existe, e que uma mudança no eixo de rotação de nosso Planeta seria impossível, por tanto inviável de se prever. Quanto à reversão do campo magnético da Terra, esse sim existe, mas só ocorre a cada 400.000 anos e não provoca nenhum dano a vida na Terra. Quanto às tempestades solares, é fato que elas ocorrem, mas nem mesmo são percebidas sem o auxilio de equipamentos apropriados.
A Bíblia e o tema fim do Mundo
Por mais que alguns tenham tentado usar a Bíblia como pano de fundo para suas falaciosas previsões de fim do Mundo, o que se sobressai acima de tudo é que a Bíblia nunca disse nada a respeito de uma data finalista para o planeta Terra.
O Evangelho de Jesus Cristo narra um episodio em que os seus discípulos lhes fizeram a seguinte pergunta: “...Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? ”(Mateus 24: 3). A resposta do Senhor Jesus foi a mais esclarecedora possível: “Acautelai-vos, afim de que ninguém vos engane...porque virão muitos em meu nome e enganarão a muitos...surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos...e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível enganariam até os escolhidos...Por tanto, se vos disserem: Ele está no deserto, não saiam; Eis que ele está dentro da casa, não acreditem” (Mateus 24: 4-26).
Quanto ao mais, Cristo disse que sua vinda se dará num momento de paz e quietude, quando ninguém o estive esperando, posto que sua vinda seja comparada ao ataque do ladrão, o qual em não sendo aguardado leva a efeito seu plano.
E quanto à data de sua vinda? Bem, essa seus discípulos também queriam saber, e a resposta de Jesus foi direta: “Porque daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o filho do homem, mas unicamente meu Pai” (Mateus 24: 36). “Vigiai pois, porque vocês não sabem quando virá seu Senhor” (Mateus 24: 42) “...porque o filho do Homem virá num momento que vocês não imaginam” (Mateus 24: 44).
Isso deve ser suficiente para por um basta na crença de que existam homens, sejam quem for, que possuam do Mundo a data de validade.

Pb. Anderson Moura

Cartaz Festa



           A Igreja Pentecostal "Jesus Árvore da Vida" na cidade de Alto Longá-PI estará promovendo um grande evento nos dias 12 e 13 de Janeiro de 2013 em comemoração ao 3º aniversário de seu templo sede nessa cidade. Venha participar  dessa comemoração, traga a sua caravana, venha adorar a Deus conosco!   

Organização: Igreja Pentecostal "Jesus Árvore da Vida" em Alto Longá-PI.
Pb. Antonio Neto

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Os fluxos e os refluxos do Pós-modernismo Cristão

Os fluxos e os refluxos do
Pós-modernismo Cristão





Muito se tem comentado ultimamente a respeito do crescimento vertiginoso, experimentado pela comunidade evangélica brasileira, principalmente agora, após a apresentação dos resultados do Censo 2010, o qual atesta o salto percentual da população evangélica brasileira nos últimos dez anos de 15,4% para a impressionante marca de 22,2%. Esse crescimento se torna ainda mais intrigante se levado em conta os últimos trinta anos, em cujo período o percentual evangélico saltou de 6,6% para o supracitado 22,2%.
Sob a luz de uma analise criteriosa, tendo como fundamento analítico a Bíblia Sagrada, não demoraremos a constatar que, paralelamente a todo esse crescimento tem se multiplicado também o chamado neo-paganismo evangélico, principalmente no que diz respeito ao segmento pentecostal. Olhando por essa óptica fica fácil perceber as razões pelas quais fora ele o segmento que mais cresceu na categoria: 60% nos últimos dez anos.
É fato que no decurso dos últimos anos o mundo mudou e o pós-modernismo foi o grande responsável por instalar na consciência do homem contemporâneo uma nova forma de classificar a existência, de ler a si mesmo, de se relacionar e, sem duvida alguma, de viver a vida.

Segundo o professor Wilmar Luiz Borth, professor de humanismo e cultura religiosa da PUCRS, a pós-modernidade incita o nascimento de uma nova religião e de um novo código de ética.
Ela tem sido a responsável pelas principais transmutações no que se refere aos principais alicerces da humanidade: Religião, Família, Economia e Política.
Conhecer os fluxos e os refluxos dessa nova ordem mundial implica em encararmos as causas, os efeitos e as possíveis conseqüências disso, que o mundo todo aplaude como a aurora do novo dia ou NEW EGE.
Cristo comissionou sua igreja a atuar no mundo como agentes de influencia. Em sua exposição análoga do discípulo como sal da terra e luz do mundo Ele deixou bem claro a natureza do chamado daqueles aos quais ele confiou à pregação e profissão de fé no evangelho, posto que seja o sal um autentico conservante e a luz o dissipador de trevas.
Está patente aos olhos daqueles que se atém a inquirir a ordem das coisas que os circundam que, a igreja evangélica contemporânea -em grande parte- há muito vem perdendo sua identidade cristocêntrica à medida que caminha a passos largos para uma total des-significação, tal como o sal que se tornou insípido e a luz que se enclausurou debaixo da cuia, posto que viva a desperdiçar todas quantas virtudes lhes fora outorgada quando de seu primeiro amor.
Enquanto muitos festejam a visibilidade alcançada pela comunidade evangélica, como resultado do crescimento quantitativo, completamente alheios às sutilezas que a caracterizam e sem fazer síntese inquisitória dos fenômenos estranhos que presenciam, existe aqueles que choram ante ao declive acentuado da qualidade cristã.
Talvez o que lhe direi a seguir lhe provoque tinos aos ouvidos, mas a despeito de quaisquer coisas, devo lhe declarar, e não sem base em tudo o que se pode observar quanto a esse movimento abrangente que, de maneira estelionatária se auto- classifica evangélico: O Evangelho é a antítese de tudo isso. O que se vê não é a extensão da obra salvívica de Cristo, mas antes de tudo, o resultado do sincretismo mais sutil de que a historia já teve o desprazer de registrar.
Se ainda lhe resta alguma duvida quanto a tudo o que antes falei, acompanhe os fluxos e os refluxos que caracterizam a nova ordem mundial e o que é de fato essência do evangelho do senhor Jesus, e no fim das contas ouse confrontar o movimento evangélico contemporâneo ante a esses dois modelos e comprove sobre qual dos dois ele está alicerçado.

Em Cristo Jesus, que nunca fica sem remanescentes.
Pb.Anderson Moura

O Perfil do Falso Evangelho


O Perfil do Falso Evangelho

Há algo estarrecedor que me aflige o coração tirando-me o sono: A comunidade evangélica em sua grande maioria tem se deixado levar por ventos os mais diversos; banqueteando-se com as guloseimas do mundo, arrotam a presunção de estarem alimentados no evangelho. Triste engano! 

Aceita-se naturalmente e sem qualquer questionamento tudo aquilo que fraudulosamente seja rotulado de evangélico. Ora! Isso me parece patético! Em nome do evangelho vendem-se os dardos mais inflamados de satanás, dardos que sutilmente tem adoecido a noiva do cordeiro, com doenças as mais diversas.  Em nome do sucesso têm-se aceito práticas condenáveis por Cristo como hipocrisia, a avareza, negociatas políticas e o leso ao próximo. Agindo assim pisam na palavra de Deus. Cf.  Rm 3. 5-8

Nesse sistema equivocadamente evangélico a que muitas comunidades se fizeram participar, a falsidade de um juízo proposto quase nunca significa sua objeção; sua valoração e aceitação dizem respeito mais precisamente à intensidade com que ele favorece ou não a manutenção de um dado sistema lucrativo. A máxima de Cristo: “coam mosquitos e engolem camelos” está mais do nunca explicitado no meio, dito evangélico. 

É com imensa tristeza que contemplo Jesus sendo despejado da vida de varias comunidades que outrora eram serias e comprometidas com a causa do evangelho. Tudo isso em nome de uma nova visão, de um sucesso estatístico, de uma ética-não-ética, de uma adaptação cultural que não suporta o crivo da Cruz de Cristo. Maldito sincretismo. 

É com lagrimas na alma que contemplo o Cristo do Evangelho sendo substituído por um manequim-clone astutamente confeccionado, o qual para nada mais serve a não ser para ser vestido com as grifes daqueles que detém a verdade de Deus em mentira e que amam mais o próprio umbigo do que a Deus. 

Sim, é lamentavelmente verdadeiro ver que tentam calar a todo custo a voz de Cristo enquanto comercializam freneticamente um falso jesus dado aos lucros e as barganhas, um jesus que só existe como timbre para os decretos mais avarentos. 

Como pesa na alma encarar como realidade a ingenuidade daqueles que, adorando um ídolo fabricado sob a fôrma do egoísmo narcisista de homens perversos, o fazem na ignorância de acharem que estão de fato adorando o verdadeiro Senhor Jesus. Sob o titulo de movimento pentecostal se apresentam fenômenos os mais estranhos, muitos dos quais jamais poderiam ser associados com a vida e obra do Senhor Jesus. 

Existe sim uma evidente contradição entre esse novo movimento e o que Cristo ensinou e praticou. Ele -Cristo- é a palavra de Deus encarnada, portanto toda interpretação bíblica deve invariavelmente ser feita a partir de sua vida e obra. Não devemos nos conformar com qualquer que seja o sistema ou pratica que de algum modo signifique a antítese daquilo que Ele nos ensinou e viveu. Cf. Rm 12

Somos chamados em Cristo para trilharmos o caminho a nós proposto em fé na verdade da palavra, no qual caminho co-existimos em Sua Vida. Cf. Gl 2.20

Por tanto qualquer que seja a vida, em não sendo um resultado da comunhão entre o discípulo e Cristo, deve ser recusado à titulo de conservarmos nossa conexão com o reino de Deus, o qual habita em nós na pessoa bendita do Espírito Santo.

Cristo não inaugurou uma religião, Ele propôs um estilo de vida. Mas os homens ao longo dos séculos violentaram essa verdade ao passo que lhe introduziram ingredientes os mais estranhos. Tudo foi feito sutilmente afim de que não levantasse suspeitas. O objetivo sempre foi o de adaptar o evangelho a todas as conveniências humanas, ao espírito de rebanho, e por conta disso fica claro os motivos que levam o sistema a mudar ao longo das décadas.

Mas o evangelho continua o mesmo, posto que ele seja o Próprio Cristo, Imutável.

O evangelho é o poder de Deus que, em entrando no homem vence sua natureza perversamente caída, na certeza absoluta -Fé- de que Deus é amor e que para ele nada é mais importante do que o bem. No Evangelho não há leis, não existem cadeias, não há obrigações, não há medo, posto que seja o Amor de Cristo suficientemente poderoso para nos convencer do que seja verdadeiramente o caminho de Deus proposto a nós.

Mas esse pseudo evangelho não gera vida, por que evangelho não é. O que há de boa noticia nele que ao invés de propor uma vida como extensão de Graça e Amor de Deus, ensina um refluxo baseado no medo do castigo eterno e da ira de Deus? Quando Cristo falou da ira de Deus Ele o fez como um alerta e não como um convite-prisão como o faz esse novo evangelho, o qual novo não é, mas apenas veio adaptando-se ao longo dos anos, visto que Paulo em Gálatas já o combatia, como o evangelho dos vícios.  

Sim, esse evangelho tupiniquim é nocivamente viciante! Seus adeptos se tornaram viciados na idéia de que Deus é um mero Papai Noel que existe apenas como provedor de bens de consumo. Viciados na doutrina da prosperidade que existe como reflexo da insaciabilidade do homem, os quais sob tal alicerce projetam suas espiritualidades apenas no nível horizontal, visto que seus testemunhos explicitam que para eles ser abençoado é possuir um carro, uma casa, um bom emprego, e nunca o ter encontrado o verdadeiro sentido de viver: Amor a Deus e ao próximo. 

Minha consciência em Cristo me leva a recusar veementemente tudo o que representa anulação da Cruz de Jesus.
 
Pb. Anderson Moura

sábado, 14 de julho de 2012



O Brasil da Fé e da Devastação Cultura




“Quanto mais você está certo de uma crença, mais ela passa a ser parte de sua alma, e mais você conta com ela como base para sua ação”.



                      O cristianismo que se torna relevante culturalmente é aquele que é vivido de fato. Na vida individual dos milhões de cristãos de um país, na vida das famílias cristãs, nas comunidades, nas igrejas, até chegar ao grande debate político e cultural, à Academia, até, por fim, tornar-se uma força transformadora onde os rumos de uma nação são decididos. Assim surgiu o mundo ocidental, ainda que com seus muitos conflitos e problemas, e assim surgiu e velha e gloriosa Europa cristã, onde as artes, a música, a grande literatura, e a ciência moderna floresceram. A Europa de Shakespeare e Bach, Dante e Dührer, Leibniz e Kepler. O segredo: a profunda influência da cosmovisão cristã na cultura.

                     E por que falar disso? Ora, estamos no Brasil, e acabou de sair o Censo 2010 do IBGE, com informações sobre o segundo maior país cristão do mundo. Sim, e um dos mais violentos, constando no ‘Top 20’. O pior nos exames internacionais de educação. Um país alinhado em sua política externa com o Eixo do Mal: Irã, Venezuela, Cuba, etc. Um país com péssima colocação em liberdade econômica, em qualidade de modelo institucional, e despontando nos índices de corrupção. Com um mínimo de vergonha na cara, cabe aos cristãos brasileiros perguntarem a si mesmos: que cristianismo de araque é esse o nosso?

                    Penso que vale um autoexame com algumas questões. Qual é o real conteúdo da nossa fé? Qual a real força dessa fé? E, por último, mas não menos importante: quão central é na vida dos brasileiros que se dizem cristãos esta fé? A centralidade desta fé diz respeito ao quanto as convicções a ela ligadas são decisivas para dar suporte a outras e para modelar a cosmovisão pessoal, sobretudo nas grandes questões existenciais: a natureza da verdade, o caráter de Deus, a estrutura da realidade imanente e transcendente, o reconhecimento de aspectos fundamentais da condição humana, e então, daí, para os grandes temais sociais e contemporâneos. Com isso em mente, podemos perguntar: “sou cristão, mas até que ponto?”

                    Perguntar a si mesmo sobre o conteúdo real de sua fé pode levar a pessoa a perceber que, ainda que siga uma denominação cristã, ainda que se sinta alinhado com certas correntes teológicas e filosóficas, no fundo, crê de forma meramente parecida e ainda viva de forma totalmente dissonante com o que profere publicamente. Realmente creio como os grandes sábios, mártires, teólogos e heróis da fé criam? Até que ponto vivo conforme creio? Ou apenas creio conforme vivo? Crer conforme vive talvez seja a descrição mais perfeita do idiota, do filisteu, do homem-massa, do novo bárbaro, e dos portadores do “eu vazio” (ver a obra de Phillip Cushman), essa epidemia dos nossos tempos e, infelizmente, de nossas igrejas.

                   A força da fé não é menos importante, e parece que é o principal alvo de ataque dos secularistas, sejam eles defensores das modernas ideologias de massa, sejam os pseudo-cristãos adeptos do liberalismo teológico em suas mais diversas vertentes. Até que ponto você crê que milagres são possíveis? O quão à vontade e convicto você se sente para declarar publicamente que você acredita, sim, piamente, que Adão e Eva de fato existiram (como Jesus afirmou), que Ele, Jesus, nasceu de uma virgem e que, de fato, ressuscitou ao terceiro dia e subiu aos céus? Como bem observa J. P. Moreland, de quem faço uso da obra O Triângulo do Reino para tratar destes três aspectos da fé: “Quanto mais você está certo de uma crença, mais ela passa a ser parte de sua alma, e mais você conta com ela como base para sua ação”. Daí se vê também a importância do trabalho e da instrução apologética, que tem sido negligenciado nas igrejas (e daí o imenso número de jovens cristãos que largam a fé assim que adentram as Universidades) e corrompido na internet.

                 A verdade é que é altamente problemático tratar dessas questões num país que vive uma derrocada cultural sem precedentes, pois este caos adentrou as igrejas, muitas vezes adornado de bela roupagem pseudoteológica, ou mesmo travestido de piedade, devoção e consagração. O fato é que não temos mais a antiga visão cristã do que é o conhecimento. Ou, se a temos, não a ensinamos, nem a vivemos. É preciso recuperá-la para logo compreender que o crescimento espiritual e o crescimento intelectual andam juntos, um fortalecendo o outro. Avivando, e gerando talentos. Trazendo renovo para a cultura e restauração às almas.

              Sem esse crescimento integral, o segundo maior país cristão do mundo continuará sendo uma vergonha para o cristianismo a cada índice internacional que for divulgado.

Mídia Sem Máscara - Olavo de Carvalho

sexta-feira, 8 de junho de 2012

As adversidades e o grande amor de Deus


Romanos 8. 35-37
Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.

As adversidades são elementos sempre presentes no processo de construção de nossas histórias de vida. Elas se apresentam com adjetivos os mais diversos e a maneira como lidamos com elas determinam nossa qualidade de vida. Alguns as relativizam ignorando suas implicações, outros as superlativizam ao permitirem que seus pesos esmaguem toda sorte de esperança e perspectiva de vitória.
Para o olhar cristocêntrico do Apóstolo Paulo as situações adversas como tribulações, angustias, fome, nudez, perseguição e mesmo os riscos de morte, em nada significam que o amor de Deus para conosco deixou de existir, pelo contrario, cada adversidade apresenta-se como testemunha fiel de que por seu grande amor somos mais que vencedores, visto que o amor de Deus para conosco não se estabelece sob a vigência da lei de causa e efeito, nem está sujeito a variações circunstanciais, posto que ele seja eterno e imutável. 
Em Cristo Jesus, Pb. Anderson Moura

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Reflexão do dia


Evangelho segundo Mateus, capitulo 7

3. E porque reparas tu no argueiro (cisco) que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu olho? 4.Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o arqueiro do teu olho, estando uma trave no teu? 5.Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.

Todos nós enquanto falhos seres humanos, estaremos sujeitos a errarmos os alvos propostos por Deus em Cristo Jesus. Tal condição alerta-nos para a necessidade de nos ajudarmos mutuamente, a questão é que muitos cristãos no afã de corrigir os erros de outros acabam por permitir que seus próprios erros se tornem incorrigíveis.

Os versículos citados acima mostram-nos que nossos erros e falhas são sempre maiores do que os erros e as falhas de nosso próximo, posto que sobre nós recai o peso da responsabilidade sobre nossas proprias atitudes.